Devolução integral dos salários já em 2015, aplicação universal das 35 horas de trabalho, reposição dos subsídio de alimentação e trabalho extraordinário e o aumento das pensões mais baixas nunca abaixo dos 25 euros. São algumas das principais linhas do PCP, que esta tarde apresentou as propostas de alteração ao Orçamento do Estado nas áreas da administração pública, segurança social e deficiência.
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Os comunistas consideram que a atual proposta de Orçamento do Estado (OE2015), apresentada pelo Governo, vai aumentar o desemprego e colocar mais pessoas na pobreza, por isso, propõem um pacote de alterações.
Um conjunto de propostas que, admite o PCP, apesar de ainda não estar contabilizado, vai levar a um aumento de despesa, mas o Partido Comunista garante que sabe onde é preciso cortar para equilibrar as contas.
«Admitimos, com toda a clareza, que aquilo que aqui propomos significa um aumento das despesas do Estado. Como vamos financiar essas propostas? A resposta é muito simples: acabar com o conjunto de privilégios, mordomias e benesses dadas aos grandes grupos económicos, aos especuladores, ao sistema financeiro, que existem no OE, e que, como parasitas, vivem à custa do OE, continuando a receber largos milhões de euros», disse o deputado comunista Jorge Machado, no Parlamento.
O PCP propõe ainda normas mais justas para acesso ao subsídio de desemprego ou benefícios fiscais, em sede de IRS, para pessoas portadoras de deficiência.
«O que o PCP propõe é um caminho alternativo - retirando a quem já muito tem e muita riqueza acumula de forma ilegítima no nosso país, que se ataque efetivamente esta frente, a pobreza, que atinge de forma muito particular os idosos e as crianças», justificou Jorge Machado.