O candidato socialista recebeu o apoio da antiga ministra Ana Jorge.
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Na campanha do PS, ainda soa a promessa de Luís Montenegro de aumento das pensões. Há um problema de "credibilidade", reafirma Pedro Nuno Santos, que acusa a direita de "maltratar os pensionistas". Quanto aos rótulos de "radical", o candidato do PS nota que é apenas "socialista".
Na freguesia de A-dos-Cunhados, em Torres Vedras, e com uma casa cheia, Pedro Nuno Santos lembrou o "legado" de Costa, com aumentos das pensões em seis dos últimos oito anos, ao contrário do que fez Pedro Passos Coelho.
"Não houve nunca nenhum partido que tivesse tão maltratado os pensionistas como os governos do PSD. E nós nunca deixaremos que se esqueçam disso", garantiu.
No caminho de valorização dos salários e das pensões, trilhado por António Costa, Pedro Nuno Santos promete continuar o mesmo trajeto, mas "com responsabilidade" e tendo as contas certas como base.
"Continuaremos a fazer esse caminho tentando garantir a sustentabilidade das contas públicas. Seja da Segurança Social ou do Orçamento. É a única forma de garantirmos que os aumentos são responsáveis e não teremos de cortar daqui a alguns anos", acrescentou.
É uma "atitude de responsabilidade", que na opinião de Pedro Nuno Santos "marca também diferenças para o PSD", numa altura em que Luís Montenegro promete aumentos das pensões, mas também a recuperação do tempo de serviço dos professores.
Pedro Nuno Santos promete lutar "por um estado social forte" e para que "nenhum cidadãos sinta que é de segunda". Admite que "há problemas para resolver", como no Serviço Nacional de Saúde, mas o serviço público continuará a ser predominante.
E, daí, um novo aviso para a direita: "Tudo o que vos disse não é radicalismo, tudo o que vos disse é ser socialista". Uma mensagem para Luís Montenegro, que, no congresso do PSD, afirmou que "Deus nos livre de termos um radical à frente do Governo".
Ana Jorge apoia Pedro Nuno Santos
Em Torres Vedras, Pedro Nuno Santos recebeu o apoio do antiga ministra da Saúde e atual provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge, que destacou "as provas" do candidato, e admitiu receios com o avanço da direita.
"Sinto um grande receio de que algo possa estar em causa com o avanço da direita e da extrema-direita", disse, referindo-se à democracia.
Ana Jorge defende que o trabalho iniciado por António Costa "tem de continuar", de preferência, "com alguém mais jovem, mas que deu provas de que é capaz de lutar".