O Ministério da Saúde prevê que, no início de 2014, os hospitais tenham especialistas para aconselhar os profissionais que lidam com infeções e que fazem prescrição de antiobióticos.
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Um mês e meio depois de o ministro da Saúde, Paulo Macedo, anunciar a intenção de controlar a prescrição de antibióticos, a Direção Geral da Saúde (DGS) tem pronto o Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos.
O despacho que dá luz verde a estas equipas de enfermeiros e médicos especialistas vai ser publicado esta semana.
À TSF, o diretor do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos, responsável pela implementação desta medida, explicou os detalhes das novas competências que vão integrar a rotina nos serviços de saúde.
Artur Paiva recusa falar em vigilância e na imposição de ordens cegas. A ideia é prestar um serviço de assistência e de pedagogia.
O processo de seleção dos profissionais envolvidos será da responsabilidade de cada unidade de saúde. Artur Paiva não antevê, da parte dos médicos prescritores, resistência à medida.
Os médicos alocados às novas funções são provenientes de várias especialidades e vão trabalhar lado a lado com médicos e enfermeiros.
A ação destas equipas é transversal e vai incidir nos serviços onde há prescrição dos antibióticos que criam mais resistência. O número de camas e a população servida por cada unidade vai determinar a dimensão de cada equipa. Dentro de dois meses, as equipas devem estar a funcionar em todos os hospitais e centros de saúde do país.
Questionado sobre estaeste plano, o bastonário da Ordem dos Médicos diz à TSF que não faz sentido culpar os clínicos pelas infeções hospitalares e mau uso de antibióticos. José Manuel Silva cpnsidera que falta um programa global de prevenção, mas também meios nos hospitais.
O bastonário diz também que todos os conselhos são bem-vindos, desde logo os que forem dados pelos pares, mas sublinha que os médicos sabem bem o que devem fazer.