Preocupado com notas inflacionadas, o Conselho Nacional de Educação exige medidas da tutela
As escolas que fazem tudo por colocar alunos na Universidades são a grande preocupação do Presidente do Conselho Nacional de Educação.
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David Justino comenta desta forma os dados do Ministério da Educação, que mostram uma diferença entre as notas nos exames e as notas conseguidas no final do ano letivo. Em alguns casos, a diferença entre as notas chega aos 7 valores.
A matemática é a disciplina em que se registam mais divergências. Esta é uma das conclusões que resulta dos valores divulgados hoje quanto à última época de exames, em cada uma das escolas.
Em declarações à TSF, David Justino até admite que as notas dos exames e as notas de final de ano sejam diferentes, mas diz que essa divergência não pode ser de 6 a 7 valores. O que leva o presidente do Conselho Nacional de Educação a insistir que essas diferenças se notam em especial nas disciplinas cientificas.
O presidente do Conselho Nacional de Educação reconhece que o problema não é de hoje, mas, para David Justino o Ministério de Nuno Crato tem que tomar medidas.
Já o diretor executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Privado nega que as escolas particulares beneficiem mais os alunos do que as escolas públicas. Rodrigo Queiroz e Melo reconhece que há uma grande competição entre estabelecimentos de ensino para colocarem os alunos nos melhores cursos superiores, mas rejeita que os de ensino privado sejam os que mais inflacionem as classificações dos estudantes.
Rodrigo Queiroz e Melo diz que a responsabilidade pela discrepância de notas pode ser do sistema de acesso ao ensino superior.