A relatora Ana Paula Bernardo deu luz verde a propostas de todos os partidos, mas o PS ficou sozinho na votação final.
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O PS ficou sozinho no voto a favor do relatório da comissão de inquérito à gestão da TAP, com os restantes partidos a votarem contra, apesar das propostas acolhidas pela relatora. O debate ficou marcado por acusações de "branqueamento", mas a relatora socialista Ana Paula Bernardo contrapôs com "todos os factos" que estão no relatório.
Tal como já tinham anunciado, PSD, Chega e Iniciativa Liberal votaram contra o relatório, a quem se juntou o Bloco de Esquerda e o PCP.
Foram acolhidas 48 propostas de alteração, das mais de 150 que os partidos apresentam, para alterar o relatório com as conclusões da comissão de inquérito (CPI) à gestão da TAP. Só o PSD e a Iniciativa Liberal se colocaram fora de jogo, o que mereceu a crítica de Ana Paula Bernardo por estes partidos recusarem "uma postura construtiva".
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A relatora Ana Paula Bernardo deu luz verde a propostas de todos os partidos, com destaque para o PCP, e até o Chega teve sugestões acolhidas, apesar da linha vermelha que o PS traçou ao partido de André Ventura logo no início da legislatura.
Uma das propostas dos comunistas acolhida por Ana Paula Bernardo foi a inclusão de acontecimentos de "enorme gravidade" no Ministério das Infraestruturas, apesar de, numa primeira fase, o relatório deixar de fora a polémica com o computador do antigo assessor de João Galamba e de Pedro Nuno Santos.
"Os acontecimentos ocorridos no dia 26 de abril de 2023 no Ministério das Infraestruturas e seus desenvolvimentos, que foram objeto de várias audições na CPI, são de uma enorme gravidade", lê-se na nova versão.
Também a polémica reunião o deputado Carlos Pereira, do PS, e a antiga CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, merece agora uma referência no relatório com as conclusões da CPI à gestão da TAP.