O PSD galga dez pontos e cola-se ao PS que desliza. A antiga geringonça ainda vale mais de 50%. A sondagem da Aximage para TSF-JN-DN mostra os portugueses divididos entre uma maioria absoluta, uma coligação de esquerda ou outra de direita.
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São dez pontos ganhos no mês em que Rui Rio venceu as diretas e que catapultam o PSD para os 33,2% de intenções de voto, a dois pontos do PS que desliza 3 pontos e está agora com 35,4%.
Numa análise mais detalhada, constata-se que, nesta subida, o PSD beneficia do voto de eleitores da Iniciativa Liberal e até do PS.
Em terceiro, o Bloco com 7,3% embora desça ligeiramente, mantém-se à frente do Chega que também perde e está com 6,2%.
A CDU reforça o quinto lugar subindo para os 5,1% de intenções de voto, acima dos 3,7% da Iniciativa Liberal.
No fim da tabela, o PAN tem 2,5% e o CDS 1,3%.
Quando se pergunta quem vai ganhar as próximas eleições legislativas os inquiridos são mais enfáticos a responder que vence o PS (53%) contra os 25% que apontam o PSD como vencedor.
Quase 70% acreditam que das eleições de janeiro não vai sair uma maioria absoluta, apenas 19% admitem essa hipótese.
Mas a maioria absoluta é a solução que surge com melhor pontuação quando os inquiridos são confrontados com qual seria a melhor solução de governo. Um quarto dos inquiridos respondem "maioria absoluta" (solução preferida pelos eleitores do PS), pouco abaixo, 23% referem uma "coligação de esquerda" (é a solução preferida por quem vota no Bloco ou no PCP) e 19% preferem uma "coligação de direita" (escolha mais votada pelos social-democratas). Bem mais abaixo com apenas 9% está o cenário de um "bloco central" e com 8% um "governo minoritário com acordos pontuais".
Mas as opiniões são claras quanto à rejeição de que o Chega faça parte de um eventual Governo: mais de 60 % chumbam esse cenário e, entre eles, 43% dizem que seria "muito mau".
Ficha técnica
A sondagem foi realizada pela Aximage para a TSF-JN- DN com o objetivo de avaliar a opinião dos Portugueses sobre temas relacionados a intenção de voto nas legislativas. O trabalho de campo decorreu entre os dias 9 e 13 dezembro. Foram recolhidas 810 entrevistas entre maiores de dezoito anos residentes em Portugal.
Foi feita uma amostragem por quotas, com sexo, idade e região, a partir do universo conhecido, reequilibrada por sexo e escolaridade.
À amostra de entrevistas, corresponde um grau de confiança de 95% com uma margem de erro de 3,44%. A responsabilidade do estudo é da Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de Ana Carla Basílio.