Além dos dois partidos, é composta por um "conjunto de personalidades independentes"
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Os presidentes do PSD, Luís Montenegro, e do CDS-PP, Nuno Melo, anunciaram esta quinta-feira que vão propor aos órgãos nacionais dos dois partidos a "celebração de um acordo político para a formação da Aliança Democrática, uma coligação pré-eleitoral" que tem em vista as eleições legislativas e as europeias do próximo ano de 2024.
Num comunicado conjunto, lê-se que além de integrar os dois partidos, a coligação inclui também um "conjunto de personalidades independentes" e acolhe "a iniciativa e as ideias do "Manifesto por uma Alternativa Reformista e Moderada" subscrito por mais de 100 personalidades notáveis da sociedade portuguesa".
Na nota à imprensa, intitulado "Constituição da Aliança Democrática" (o nome das primeiras coligações celebradas entre PSD e CDS-PP nos anos 80, que incluiam também o PPM), refere-se que este acordo está "em sintonia com os compromissos regionais para as eleições nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores de 2023 e 2024, respetivamente, e com os entendimentos de base local para as eleições autárquicas de 2025".
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Os partidos propõem-se a demonstrar "muito mais ambição" com vista a maior "prosperidade" e ao "crescimento da economia e dos rendimentos e oportunidades para todos os portugueses", fomentando a "competitividade das empresas, a qualificação dos portugueses, a inovação e geração de valor acrescentado, o reforço do Portugal empreendedor e exportador, a valorização do mundo rural, que salve e reabilite o Estado Social" e a garantia de acesso de todos à "saúde, educação e habitação acessíveis e com qualidade".
É ainda referida uma "forte consciência social" com base na "dignidade da pessoa humana", passando pelo combate à pobreza, pela mobilidade social e pela valorização da família, com a retoma da "exigência na educação" e a confiança "nas instituições sociais do terceiro setor".
No que respeita à governação, os dois partidos comprometem-se com uma "elevada exigência ética, integridade, responsabilidade política, respeito pela separação de poderes e pelas instituições, e empenho efetivo no combate à corrupção e tráfico de influências".
O posicionamento político é definido como "moderado, europeísta, atlantista e lusófono, defensor da liberdade, da igualdade de oportunidades, da segurança dos cidadãos e da defesa do País, respeitador da propriedade privada", com uma aposta no "desenvolvimento sustentável" e valorização da "cultura, valores, língua e comunidades portuguesas".