Racismo na PSP? Diretor nacional diz que declarações do sindicato do SEF "poderão integrar ilícitos criminais"
Magina da Silva afasta, para já, a hipótese de avançar com uma queixa-crime contra o presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF.
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O diretor nacional da PSP, Magina da Silva, comentou esta quinta-feira a polémica à volta da integração do SEF na GNR e na PSP depois de os chefes da polícia pedirem uma queixa-crime contra as afirmações do presidente do sindicato do SEF e reconheceu que as "declarações poderão integrar ilícitos criminais".
"No entanto, atendendo à sensibilidade do processo em curso e legítima ansiedade por parte dos funcionários da carreira de investigação e fiscalização do SEF, que naturalmente também atingirão o presidente desse sindicato, temos de relativizar e esperar que essas declarações, sem fundamento nenhum, acabem por aqui", defendeu Magina da Silva, em declarações aos jornalistas, numa cerimónia para comemorar os 14 anos da unidade especial da PSP.
O diretor nacional da PSP explicou que foi colocado em marcha um plano de formação para que os polícias tenham capacidade para controlar a fronteira aérea na primeira linha.
"À PSP cabe pura e simplesmente executar as decisões políticas. Cabe-me lidar com os impactos positivos e negativos resultantes desta decisão do Governo. Percebo a posição dos sindicatos e dos polícias, que não se sentirão bem quando são injustamente acusados do que quer que seja. O diretor nacional tem de tomar decisões difíceis em muitas circunstâncias e pesam um conjunto de fatores", acrescentou o diretor nacional da PSP.
O Sindicato da Carreira de Chefes da PSP instou o diretor nacional a apresentar uma queixa-crime contra as declarações de um dirigente sindical do SEF sobre alegados "problemas estruturais de xenofobia e racismo" na polícia e GNR.
Em causa estão as declarações do presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF), Acácio Pereira, numa carta aberta divulgada na terça-feira no Diário de Notícias para pedir a Marcelo Rebelo de Sousa que evite a extinção do SEF e onde criticou a transferência das competências policiais para a PSP e a GNR, ao afirmar que estas forças "têm problemas estruturais de xenofobia e de racismo".
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