Voltar à "normalidade" em maio. O que se sabe sobre comércio, educação e futebol
António Costa esteve reunido com os partidos esta quarta-feira. Após o Conselho de Ministros, na quinta-feira, deve anunciar as medidas de levantamento de restrições para vários setores.
Corpo do artigo
Com o país em estado de emergência desde 18 de março devido à pandemia do novo coronavírus, que já está a ter grande impacto na economia portuguesa, chegou a altura de levantar restrições e sair, pouco a pouco, do confinamento.
A primeira data foi divulgada no domingo, relativamente ao setor educação, com as aulas presenciais do 11.º e 12.º anos a voltar no dia 18 de maio. O mesmo dia em que, segundo André Ventura anunciou esta quarta-feira depois de reunir com António Costa, reabrem as creches.
Quando as creches reabrirem, os pais podem optar entre levar as crianças ou se preferirem continuar com os filhos em casa, continuam a receber o apoio à família, ou seja, dois terços do ordenado.
Esse apoio deixará de ser pago, a 1 de junho, altura em que deverá reabrir o pré-escolar para crianças a partir dos três anos até à entrada no primeiro ciclo.
Mais cedo, já na próxima segunda-feira, dia 4, abre o pequeno comércio, revelou o presidente do PSD, Rui Rio, também esta quarta-feira no final de cerca de duas horas de reunião com o primeiro-ministro, que recebeu todos os partidos com assento parlamentar.
12130349
Só em junho abrem as atividades que têm maior risco, por envolverem mais pessoas e mais convívio. É o caso de bares, discotecas, ginásios, centros comerciais e lojas do cidadão.
Até junho, a reabertura será gradual, com duas datas-chave. Na primeira, já na segunda-feira, 4 de maio, regressa o pequeno comércio de bairro. O ministro da Economia explicou a opção por serem lojas que não têm uma grande movimentação de pessoas. Só podem abrir espaços até aos 200 metros quadrados, sendo obrigatório o uso de máscara e álcool gel para os clientes.
Os cabeleireiros e barbeiros só podem receber clientes por marcação e com metade da ocupação.
Os profissionais terão de usar máscaras e viseiras, enquanto os clientes não podem entrar com bijuteria, como brincos e colares. E têm de desinfetar as mãos à entrada.
Também na segunda-feira, abrem livrarias, stands de automóveis e lojas de roupa (onde os provadores têm de estar fechados ou ser desinfetados, depois da utilização de cada cliente - há mais: a roupa que for provada, terá de ser desinfetada ou ficar em quarentena).
Se tudo correr bem, ou seja, se não for preciso dar um passo atrás, como já admitiu António Costa, a 18 de maio, os cafés e restaurantes voltam a ter clientes sentados, mas também com lotação limitada para metade. As ementas deverão ser descartáveis e, se possível, os pedidos serão feitos num tablet.
Quinze dias depois, e se a pandemia estiver controlada, a 1 de junho, o país deve estar outra vez de portas abertas, mas sempre com todas as cautelas, para evitar a disseminação descontrolada do novo coronavírus.
A I Liga de Futebol Profissional - ao contrário do que tem acontecido em países como a Holanda e França, em que os campeonatos foram cancelados - recomeça no fim de maio. Outra informação que o deputado do Chega, André Ventura, revelou após a ronda de audições com Costa sobre o calendário e plano de retoma devido à pandemia de Covid-19.
A confirmação destas e outras medidas vai ser feita pelo Governo, após o Conselho de Ministros de quinta-feira.
12134558