Santana Lopes sobre relação entre Marcelo e Costa: "Entendam-se, estamos fartos"
"Estamos fartos, queremos que o país ande para a frente, que o país trabalhe, que o país cresça mais", afirma o antigo primeiro-ministro na TSF.
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O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes considera que a relação entre António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa está a ferver e que os portugueses é que sofrem com isso.
"É evidente que as relações estão com febre alta, porque já passou das marcas há muito tempo. Os dois têm o dever se sentar a uma mesa e dizer 'vamos acabar com isto'. O Presidente com certeza já disse: 'Não quero dissolver o Parlamento, não quero liderar o bloco político de centro-direita.' Então, para quê isto? Em todas as matérias haver agora recriminações. Também não quero estar a censurar o Presidente, mas não pode continuar este clima. Convençam-se disso", disse o antigo líder do PSD no programa Não Alinhados, da TSF.
Para Pedro Santana Lopes, a evolução do país também depende do fim desta relação quente: "É preciso que a sociedade portuguesa diga um "basta" ao Presidente e ao primeiro-ministro. Entendam-se. Chega. Estamos saturados, estamos fartos, queremos que o país ande para a frente, que o país trabalhe, que o país cresça mais. Não estamos entre duas crianças que estão zangadas e cada vez que vão recreio na escola andam à pancada."
Na terça-feira, o líder do PSD, Luís Montenegro, criticou a eventual postura de António Costa na reunião de Conselho de Estado, afirmando que o primeiro-ministro se apresentou "amuado" e sem apresentar explicações aos conselheiros de Estado.
"Houve um Conselho de Estado e parece que houve um primeiro-ministro amuado. Houve um primeiro-ministro que não prestou explicações aos conselheiros de Estado, ao senhor Presidente da República, não prestou explicações sobre a situação económica, sobre a situação social, sobre aquilo que é a sua responsabilidade", disse o primeiro-ministro.
Já nesta quarta-feira, António Costa rejeitou esta quarta-feira a ideia lançada por Luís Montenegro de ter estado amuado na reunião do Conselho de Estado desta terça-feira e criticou quem decide revelar ou mentir sobre o que lá acontece.
Marcelo Rebelo de Sousa, por sua vez, revelou esta quarta-feira que já sabia, antes da reunião do Conselho de Estado, que o primeiro-ministro António Costa não pretendia usar da palavra e garante que este não ficou em silêncio por qualquer "querela" entre os dois.
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