Santos Silva defende que PS é "única garantia" para impedir Governo "dependente da extrema-direita"
Augusto Santos Silva defende que Montenegro tem demonstrado "um completo vazio de ideias e uma incapacidade de decidir, fazer e propôr".
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O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, confessou à TSF que gostou do discurso "muito mobilizador, claro e com conteúdo político" de Pedro Nuno Santos no Congresso do PS e defende que os socialistas são a única garantia do país para não ter um Governo dependente da "chantagem da extrema-direita".
"Já sabia que ele ia permanecer nessa linha. As mensagens fundamentais são que o nosso adversário é a direita, o PSD, a AD e é com esses que se vai decidir quem será o Governo de Portugal. Em segundo lugar, o país só tem uma garantia para impedir que um novo Governo fique dependente da chantagem da extrema-direita e essa garantia é o PS", defende Santos Silva.
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Para o ainda presidente do Parlamento, o líder do PSD tem demonstrado "um completo vazio de ideias e uma incapacidade de decidir, fazer e propôr". Ao contrário de Pedro Nuno Santos, que Santos Silva conhece bem.
"Tive a oportunidade de trabalhar de perto com Pedro Nuno Santos, eu era número dois do primeiro Governo de António Costa, fazia parte da coordenação política e todas as segundas-feiras trabalhava com Pedro Nuno Santos. Era um bom colega de Governo e de partido, incluindo nas nossas divergências do ponto de vista doutrinário e ideológico, mas mostrava sobretudo essa capacidade de alargar o espaço político do PS e formar os entendimentos necessários para que a governação se pudesse fazer, que também é característica de António Costa", lembra o presidente do Parlamento.
Santos Silva considera que "seria um erro estratégico" se o novo secretário-geral do PS não seguisse e defendesse os resultados do Governo de António Costa, mas lembra que Pedro Nuno Santos tem "o direito de inventar".
"Cada um tem o direito de, na hora que recebe, pontuar algumas coisas e esquecer outras. Evidentemente que se espera renovação. Há muitos resultados positivos, mas também há coisas ainda por resolver, coisas que estavam ainda em fase de planeamento e têm de ser feitas. Há uma nova geração que vai tomar conta do PS", acredita.