"Maior maternidade do país" no São Francisco Xavier pronta para o verão. Faltam os médicos
A parte de infraestrutura cumpre o planeado, faltando agora o reforço com as equipas de ginecologia e obstetrícia de Santa Maria, cujas chefias do Serviço de Urgência estão demissionárias.
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O diretor de obstetrícia e ginecologia assegura que o trabalho começou em abril e prossegue para receber as grávidas do Hospital de Santa Maria, durante as obras. Fernando Cirurgião reconhece no entanto que sem os médicos de Santa Maria será praticamente impossível concentrar os partos em São Francisco Xavier a partir de 1 de agosto, como previsto.
O plano da Direção Executiva do SNS tem sido cumprido à risca. Fernando Cirurgião, diretor do serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, explica que os preparativos começaram no final de abril.
"Seguimos as orientações da Direção Executiva do SNS, houve colaboração entre as administrações, as direções clínicas e as chefias de serviço dos dois hospitais", ou seja, até à demissão dos responsáveis pelo Departamento de Ginecologia e Obstetrícia de Santa Maria, por questionarem a forma como foram planeadas as obras e a transição de equipas durante as obras, a partir do primeiro dia de agosto.
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"Neste momento temos projetado 12 salas de parto e quatro gabinetes de admissão de grávidas e 40 camas para pós parto". Uma capacidade que transformará o Hospital de S. Francisco Xavier na "maior maternidade do país", afirma Fernando Cirurgião. No essencial, será criada a capacidade que se espera a vir a ter em Santa Maria, depois das obras, em março de 2024.
A parte de infraestrutura cumpre o planeado, falta agora o reforço com as equipas de ginecologia e obstetrícia de Santa Maria, cujas chefias do Serviço de Urgência estão demissionárias.
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A Ordem dos Médicos tenta remendar as fraturas, mas sem os médicos de Santa Maria, Fernando Cirurgião admite que "será quase impossível" levar o plano por diante, o plano que tem 3 grupos privados já com acordo com o Ministério da Saúde para fazerem o que, por algum motivo, não for possível fazer nas maternidades públicas, em Lisboa, entre junho e setembro.