Esta segunda-feira é o primeiro de três dias de discussão entre os sindicatos de professores e o Ministério da Educação sobre o modelo de avaliação de desempenho docente, sobre o qual as principais organizações sindicais afirmam ter muitas dúvidas
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«Quanto mais olhamos [para o modelo de avaliação proposto] mais perguntas e menos certezas temos», referiu Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), em declarações à Lusa.
A maneira como serão avaliados os professores destacados para avaliar os outros é uma das principais dúvidas da Fenprof, que quer saber como é que será criada a «bolsa de avaliadores externos».
Pela Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva disse à Lusa que os sindicatos afectos àquela organização também «precisam de esclarecimentos», nomeadamente sobre os «critérios de constituição da bolsa de avaliadores externos», a definição dos momentos de avaliação interna e externa e «incongruências» no processo de avaliação.
Hoje, o dia está reservado para onze dos sindicatos mais pequenos, entre os quais o Sindicato dos Professores do Pré-escolar e Ensino Básico, Associação Sindical de Professores Licenciados, Federação Nacional do Ensino e Investigação e Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educação e Universidades.
Terça-feira, o dia está guardado para as principais organizações do sector: a Fenprof de manhã e a Federação Nacional da Educação (FNE) de tarde.
A pedido da Fenprof, quarta-feira realiza-se mais uma reunião dedicada aos professores que ficarão sem colocação e os que ficarão sem horário, circunstâncias que o ministro da Educação, Nuno Crato, já admitiu que poderão aumentar este ano lectivo.
Pelo lado do Ministério, a discussão vão ser conduzida pelo secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida.