Ventura quer ser ouvido urgentemente por Marcelo sobre "inconstitucionalidades" no texto da eutanásia
Chega acusa o PS de não ter "qualquer abertura para mudar" a norma proposta para reger a morte medicamente assistida.
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O líder do Chega, André Ventura, pediu uma audiência urgente ao Presidente da República para discutir o texto da eutanásia, numa altura em que o processo ainda está em debate na Assembleia da República, antes do envio do documento para o Palácio de Belém. O deputado defende que o texto encerra em si várias "inconstitucionalidades" e acusa o PS e a maioria absoluta governativa de não estarem disponíveis para negociar.
"Tentámos, por vias digamos de negociação, que algumas normas fossem acauteladas com argumentos que não tinham a ver com política, mas apenas com técnica jurídica e com o facto de se tratar de inconstitucionalidades e o PS não mostrou qualquer abertura para mudar esse normativo", assinalou Ventura.
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O Chega diz querer agora "avisar" o Presidente da República sobre a forma "restritiva e limitadora de direitos políticos" como o texto foi construído.
"Estou confiante de que o Presidente tem alguma informação, mas não terá toda sobre a forma como o processo decorreu, e o PS já mostrou, pelo menos ao Chega, que não tem abertura para mais", denunciou André Ventura, que vê o Parlamento "limitado" na sua ação.
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A discussão e votação do novo texto sobre a morte medicamente assistida foi novamente adiada, esta quarta-feira, a pedido do Chega. O texto deveria ser votado esta manhã, na Comissão de Assuntos Constitucionais, mas acabou por não acontecer.