O líder parlamentar do PS disse que escolheu para a direcção da sua bancada o melhor conjunto de 12 deputados e frisa que não se deixará condicionar pela liberdade de expressão dos deputados.
Corpo do artigo
Carlos Zorrinho falava aos jornalistas a meio da reunião da Comissão Nacional do PS, em Santarém, que elegeu por larga maioria a Comissão Política e o Secretariado Nacional deste partido.
Na quinta-feira, em declarações à agência Lusa, Francisco Assis, candidato derrotado à liderança do PS, manifestou-se irritado com a ideia de "novo PS" defendida por Zorrinho em plenário, enquanto que António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, no mesmo dia, na SIC, considerou que não foram escolhidos os 12 melhores deputados para a direcção do Grupo Parlamentar.
«Escolhi uma equipa que poderá eventualmente não ter os 12 melhores deputados, mas tem o melhor conjunto de 12 deputados para dar uma resposta aos objectivos do PS, que passam por fazer uma oposição construtiva e construir uma alternativa. As opiniões de cada um são absolutamente legítimas e livre, respeito muito essas opiniões», disse.
Zorrinho adiantou anida que, enquanto líder parlamentar do PS, irá saber gerir eventuais críticas internas, que são reflexo «de abertura do partido».
«Não considero que esteja minada [a autoridade da direcção do Grupo Parlamentar]. Considero-a mais forte do que nunca e nunca senti falta de apoio para isso», frisou.
Interrogado sobre as suas actuais relações com Francisco Assis, o presidente do Grupo Parlamentar do PS considerou-o «amigo».
«Não me sinto nada magoado. Sei exactamente o que pretende, qual o meu papel, que é o de ajudar o PS a ser oposição construtiva e a criar uma alternativa de futuro para os portugueses. Não sou surdo, não sou insensível, mas não me deixo condicionar pela liberdade de expressão das pessoas que fazem parte do Grupo parlamentar do PS», advertiu.