Governo justificou o imposto com o combate à obesidade. Opositores da medida argumentaram que o objetivo foi arrecadar dinheiro para equilibrar as contas públicas.
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Os consumidores franceses pagam mais por bebidas com adição de açúcar ou adoçantes artificiais desde 2012. Há uma tributação especifica mais pesada desde essa altura para bebidas açucaradas como refrigerantes. A carga fiscal é de sete cêntimos por cada litro.
Na altura, o Governo de Paris apresentou a medida como uma forma de combate à obesidade. Segundo os números do ministério da Saúde, 15% dos franceses tinham em 2011 excesso de peso.
Os críticos da medida entenderam que o imposto servia outro propósito. Em plena crise, a receita suplementar seria utilizada para enfrentar o agravamento da despesa do Serviço Nacional de Saúde. Em 2012, essa despesa aumentou em França perto de 3%. A verba arrecadada com esta tributação ultrapassou no primeiro ano os 100 milhões de euros.
A Associação Francesa das Indústrias Alimentares criticou violentamente uma medida que considerou escandalosa e sem qualquer fundamentação científica.
A Coca-Cola, como forma de protesto, cancelou até um investimento numa nova fábrica, mas o governo de Paris avançou na mesma.
Para além da França, também a Hungria, a Bélgica, a Finlândia e o México cobram taxas por produtos como doces, gelados, chocolates e bebidas energéticas. No México, números recentes demonstram que desde a foi criado um imposto as vendas de refrigerantes caíram 6%.
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