Bento XVI disse à chegada a Cuba que traz no coração as justas aspirações de todo o povo cubano. À espera do papa, no aeroporto de Santiago de Cuba, estava Raul Castro e foi à frente do presidente cubano que Bento XVI disse que não esquece as preocupações dos cubanos onde quer que se encontrem.
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Depois do México, o papa Bento XVI chegou esta segunda-feira a Cuba, afirmando ser «um peregrino da caridade» que transporta «no coração as justas aspirações e os legítimos desejos de todos os cubanos».
«Trago no meu coração as justas aspirações e os legítimos desejos de todos os cubanos, onde quer que eles estejam», afirmou o papa à chegada a Santiago de Cuba, 900 quilómetros a sudeste de Havana, onde prossegue hoje uma visita de 48 horas à ilha comunista.
Bento XVI recordou «a visita histórica» do seu antecessor, João Paulo II, em 1998, «que deixou uma marca indelével na mente dos cubanos».
«Um dos frutos importantes desta visita foi a inauguração de uma nova etapa nas relações entre a Igreja e o Estado cubano, com um espírito de melhor colaboração e confiança, apesar de ainda existirem alguns aspetos em relação aos quais podemos e devemos avançar, sobretudo no que se refere ao contributo inalienável que a religião pode desenvolver no domínio público da sociedade», afirmou Bento XVI.
«Estou convencido de que Cuba olha já para amanhã e esforça-se para renovar e alargar os seus horizontes», prosseguiu o papa, em referência à abertura em curso pelo regime comunista de Cuba.
O presidente Raul Castro afirmou, na mensagem de receção de Bento XVI no aeroporto, que é com «afeição e respeito» que Cuba recebe o papa, acrescentando que os cubanos se sentem «honrados» com a sua presença.
«Ireis encontrar um povo solidário e educado», sublinhou Raul Castro, antes de mencionar a luta de Cuba pela «independência, justiça e liberdade».
O papa vai ficar em Cuba até quarta-feira, depois de Santiago seguirá para Havana.