Grupo Transtejo anuncia adesão de 85%, sindicatos falam em números superiores a 90%
O Grupo Transtejo, responsável pelas ligações fluviais entre a Margem Sul e Lisboa, contou com uma adesão à greve de hoje nas duas empresas (Transtejo e Soflusa) na ordem dos 85 por cento, segundo a empresa, e 90 por cento, segundo os sindicatos.
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«Todas as ligações fluviais estiveram paradas durante o período estipulado para a greve. A adesão no Grupo Transtejo foi de 85 por cento», disse à Lusa fonte da empresa.
Já José Augusto, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), disse à Lusa que a adesão nas duas empresas foi superior a 90 por cento.
«No Grupo Transtejo a paralisação foi total. Na Transtejo a adesão foi de 93 por cento, enquanto na Soflusa, apesar de ainda não termos os números concretos, posso adiantar que também foi acima dos 90 por cento», afirmou.
As ligações fluviais estiveram esta quinta-feira paradas nas ligações de Cacilhas, Montijo, Seixal, Trafaria e Barreiro para Lisboa devido a uma greve de três horas dos trabalhadores das empresas.
As primeiras ligações do dia começaram a ser efetuadas a partir das 09:30, com a ligação Barreiro/Lisboa a ser a última a ser restabelecida às 10:40.
«As ligações na Transtejo foram as primeiras a ser restabelecidas. A ligação da Soflusa, entre o Barreiro e Lisboa, foi a última a voltar a circular», disse fonte da empresa.
Todas as ligações fluviais vão voltar a parar durante a tarde, a partir das 16:00, o que vai afectar a hora de ponta, começando depois a ser restabelecidas, de forma gradual, a partir das 19.45.
«Os objetivos foram completamente atingidos neste primeiro período de paralisação, sendo muito residual os trabalhadores que não aderiram à greve. Para o período da tarde esperamos de novo números acima dos 90 por cento», disse José Augusto.
A greve de transportes, que começou às 00:00, envolve a CP - Comboios de Portugal, CP Carga, Refer, Metropolitano de Lisboa, Carris, Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) e Transtejo/Soflusa.
Os sindicatos que apresentaram os pré-avisos de greve contestam as medidas anunciadas pelo Governo para o sector dos transportes, como as privatizações, a redução de serviços e de trabalhadores. Esta é a terceira greve a afectar as empresas públicas de transportes em três meses.