O primeiro-ministro esclareceu, esta quinta-feira em Bruxelas, que «não há nenhum buraco colossal nas contas públicas». Houve sim, disse, uma «utilização abusiva» das suas palavras.
«Todos aqueles que seguem a politica em Lisboa já perceberam nesta altura» que «não há nenhum buraco colossal nas contas públicas», disse Pedro Passos Coelho, no final da reunião dos líderes da Zona Euro sobre a ajuda à Grécia.
O chefe do Governo português clarificou que «houve uma utilização abusiva de uma alusão» que fez a «um esforço colossal que o Estado vai precisar de fazer em praticamente meio ano para poder acomodar um desvio da despesa de quase mil milhões de euros».
Passos Coelho recordou que Portugal precisa ainda de um adicional de 840 milhões de euros do lado da receita até ao final do ano.
Isto, continuou, «significa um esforço colossal que vamos ter de fazer em meio ano para cumprirmos os nossos objectivos, mas vamos cumpri-los».