"Verdadeiramente excecionais." Marcelo reserva lugar na "entrega da taça" do Europeu feminino
Presidente da República elogiou a prestação portuguesa e garante que a seleção nacional jogou melhor que as adversárias nos três jogos, lamentando-se que o poste não estivesse "onde devia estar" no jogo com os Estados Unidos.
Corpo do artigo
A mensagem é clara: o Presidente da República acredita na seleção feminina de futebol, quer estar na "entrega da taça" a Portugal no final do próximo Europeu e admite até que nem na sua "melhor forma" televisiva conseguiria reunir 1,4 milhões de pessoas às 8h30 em frente ao pequeno ecrã.
Marcelo Rebelo de Sousa recebeu esta quinta-feira as jogadoras e equipa técnica portuguesas em Belém e, embora admite que preferia que a receção acontecesse "mais tarde", já olha para a "vitória no próximo campeonato da Europa e depois no campeonato do Mundo".
Admitindo que falava "a umas horas improváveis da noite" com o selecionador nacional Francisco Neto - a diferença horária para a Nova Zelândia é de 11 horas -, o chefe de Estado começou por relembrar que tinha pedido que fizessem "tudo, mesmo tudo, para tornar o impossível em possível. E fizeram mesmo tudo".
Na ótica de Marcelo, as portuguesas "jogaram melhor que a Holanda, melhor que o Vietname e melhor que os Estados Unidos da América", as três equipas do grupo de Portugal, com quem a seleção perdeu (0-1), venceu (2-0) e empatou (0-0), este último jogo com uma bola ao poste que podia ter atirado as americanas bicampeãs do mundo para fora da competição.
"Foram três grandes jogos" que o chefe de Estado analisou: no primeiro "houve um golo fortuito no pior momento que aconteceu", mas durante "longos momentos [as portuguesas] jogaram de superior para inferior", embora não tenha "acontecido o golo" português. No segundo jogo "podia ter sido 10-0 ou 8-0 com um bocadinho mais de sorte", dado que houve um "domínio claríssimo".
Já no terceiro jogo, com as norte-americanas, "quem parecia a campeã do mundo era a vossa equipa... Sabemos como é que isso se faz, é gerir o tempo morto", comentou sobre a atitude das adversárias, com especial foco na "melhor jogadora do mundo" e na linguagem corporal de "aflição para tentar ir a todas as bolas".
Nesse jogo, lamenta-se que o poste "nunca está, em momentos cruciais, onde devia estar", dado que a bola "bateu e voltou", em vez de ter batido e entrado na baliza.
Mas a análise não parou no futebol. Houve até direito a um regresso à persona televisiva de Marcelo, que não deixou de assinalar a surpresa com o "milhão e quatrocentas mil pessoas" que às 8h30 da última terça-feira viram o jogo.
"É uma coisa que eu nunca teria, mesmo na melhor forma que tive televisivamente, em que cheguei a ter dois milhões e tal, quase três milhões, mas era na melhor hora da noite. Às 8h30 ninguém tem um milhão e quatrocentos mil... Ponham qualquer político português a falar e é bom nem saber qual a audiência que teria, nem mesmo o Presidente da República. O país estava e está mobilizado, conquistaram definitivamente o país", assinalou Marcelo, antes de deixar sair um "estão esmagados".
De olhos postos em 2025, ano do próximo campeonato da Europa porque "infelizmente não há campeonato do Mundo de dois em dois anos", Marcelo já reservou até lugar para a "entrega da taça, comentando que seria "uma injustiça" ser o seu sucessor em Belém a participar nela.
"E há uma vantagem enorme que é não estarem lá os Estados Unidos da América, mas se estivessem era bem-feito", até para "converter um empate, que verdadeiramente não foi um empate porque jogaram muito mais" que as americanas, em vitória.
No fim, houve selfie que "prenuncia a vitória no campeonato da Europa".