«Portugal não estará obrigado a negociar leis com credores estrangeiros», frisa Portas
No dia em que terminou o programa de assistência a Portugal, Paulo Portas sublinhou que a pergunta agora é «quem nos garante que não voltaremos a cair naquelas políticas que tornaram inevitável o resgate e que trouxeram a troika».
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O líder do CDS assinalou que, com o fim do programa de assistência que terminou este sábado, «Portugal não estará obrigado a negociar as suas leis com credores estrangeiros».
«Para um democrata, que acredita que as leis são discutidas e votadas no Parlamento, esta mudança não é pequena», sublinhou Paulo Portas, na sede dos democratas-cristãos, onde o «relógio controverso» do CDS marcava o fim do programa de assistência.
«Mas cumpriu basicamente a sua missão. Poucos sabiam o significado do 17 de maio e hoje todo o país o conhece», acrescentou o vice-primeiro-ministro numa alusão a este relógio.
No Largo do Caldas, Portas considerou ainda que a pergunta agora é «quem nos garante que não voltaremos a cair naquelas causas, ou seja, naquelas políticas que tornaram inevitável o resgate, que trouxeram a troika e que causaram este sofrimento».
O vice-primeiro-ministro assinalou ainda que a coincidência da entrada de José Sócrates na campanha socialista para as europeias deve ser rejeitada pelos portugueses.
«Ele foi o pai do resgate, o padrinho da troika, o responsável por tanto sofrimento. Não lhe façamos a vontade», concluiu Paulo Portas sob os aplausos da Juventude Popular.