Um camião explodiu esta sexta-feira no exterior da sede da polícia de Cizre, no sudeste da Turquia. Uma cidade de maioria curda, que faz fronteira com a Síria e com o Iraque.
Corpo do artigo
O balanço oficial indica 11 polícias mortos e 75 feridos, além de três civis que também sofreram ferimentos. O ataque provocou ainda danos significativos no quartel-general das forças antimotim e uma longa coluna de fumo negro no céu, segundo as imagens difundidas pela televisão turca.
769061904237072384
Um automóvel armadilhado explodiu às 06:40 locais (04:40 em Lisboa) junto a um posto de controlo a 50 metros de uma esquadra policial em Cizre, na província de Sirnak, que faz fronteira com a Síria e o Iraque. Após a explosão, registou-se uma troca de tiros entre atacantes e forças de segurança.
O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), movimento dos rebeldes separatistas curdos que Ancara qualifica como uma organização terrorista, reivindicou o atentado suicida.
"A nossa equipa suicida lançou uma ação alargada em Cizre que matou dezenas de polícias", afirmou a organização num comunicado colocado na sua página na Internet. O texto justifica o ataque com o "isolamento continuado" do líder do PKK, Abdullah Ocalan, detido em 1999, e a "falta de informação" sobre o seu paradeiro.
Este ataque acontece dois dias depois de a Turquia ter lançado uma operação militar contra o Daesh e a milícia curda na Síria.