O governo alemão congelou, nas últimas semanas, várias contas relacionadas com o regime do presidente líbio, num valor total de 6000 milhões de dólares (4150 milhões de euros), revelou a revista Der Spiegel deste sábado.
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O ministro da Economia alemão, o liberal Rainer Broederle, indicou este número num documento interno do Executivo alemão, no qual propõe que Berlim transfira esta verba (e outros montantes que sejam apreendidos) para a Organização das Nações Unidas (ONU).
«A ONU poderia financiar o transporte de ajuda humanitária para a população de toda a Líbia», afirmou o ministro alemão no documento citado pela Der Spiegel.
O responsável terá acrescentado que «é a vontade da comunidade internacional» que as contas de Muammar Kadhafi congeladas no estrangeiros estejam «tão cedo quanto possível» à disposição do povo líbio, cada vez mais afectado nas suas necessidades básicas devido aos combates que se dão no país.
Ainda assim, Rainer Broederle indicou que, por motivos legais, se deve buscar uma solução dentro do âmbito da União Europeia (UE), uma vez que a legislação alemã não permite realizar uma operação financeira deste tipo.
A coligação de países que lidera os ataques contra o regime ditatorial de Kadhafi debateu nos últimos dias em diferentes reuniões a possibilidade de usar os fundos retidos para ajuda humanitária, ainda que até ao momento não se tenha alcançado uma solução de consenso.