O funeral do ex-presidente checo Vaclav Havel, figura central da "Revolução de Veludo" em 1989, vai ser realizado esta sexta-feira em Praga, cerimónia que irá contar com cerca de mil convidados incluindo vários chefes de Estado internacionais.
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As cerimónias fúnebres, que vão incluir uma missa, vão decorrer na catedral de São Vito, no Castelo de Praga, a sede da presidência checa. O actual presidente da República Checa, Vaclav Klaus, irá proferir um discurso durante a cerimónia.
Após três dias de luto nacional, que terminam esta sexta-feira, o país irá ainda prestar homenagem ao antigo presidente com um minuto de silêncio.
«Os sinos de todas as igrejas checas irão tocar ao meio-dia a pedido do arcebispo de Praga, Dominik Duka», disse o porta-voz da arquidiocese, Ales Pistora.
Ao mesmo tempo, 21 salvas de canhão serão disparadas da colina de Petrin, em frente ao Castelo de Praga.
Entre as presenças confirmadas estão o presidente francês Nicolas Sarkozy, a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, o ex-presidente norte-americano Bill Clinton, o primeiro-ministro britânico David Cameron, a antiga secretária de Estado norte-americana de origem checa Madeleine Albright e o presidente da Comissão Europeia José Manuel Durrão Barroso.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, vai representar Portugal nas cerimónias fúnebres do dramaturgo e ex-Presidente checo.
Vaclav Havel, que se tinha retirado da vida pública devido a problemas de saúde, morreu no passado domingo, aos 75 anos, durante o sono na sua casa, no norte do país, em Hradecek.
Havel conduziu a Checoslováquia na transição do regime de influência soviética para a democracia em 1989, naquela que ficou conhecida como "Revolução de Veludo".
Tornou-se o décimo presidente da Checoslováquia (1989-1992) e foi o primeiro chefe de Estado da República Checa, o novo país que surgiu depois da separação da Eslováquia em 1993, cargo que ocupou até 2003.