Apesar das ameaças de guerra de Pyongyang, Seul não detetou hoje movimentos invulgares por parte das tropas da Coreia do Norte. O Ministério da Defesa considera as ameaças «inaceitáveis».
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As Forças Armadas sul-coreanas, que há semanas mantém uma vigilância apertada sobre a Coreia do Norte devido às repetidas ameaça do regime de Kim Jong-un, não detetaram nas últimas horas ações relevantes no país vizinho, indicou uma fonte militar à agência local Yonhap, citada pela agência Efe.
O Ministério da Defesa de Seul, por sua vez, emitiu um comunicado no qual denunciou a «ofensiva» retórica norte-coreana como uma série de «ameaças inaceitáveis» que «prejudicam a paz e a estabilidade na península da Coreia» e reiterou o seu compromisso de responder com dureza a um hipotético ataque do país vizinho.
«O nosso exército mantém uma preparação abrangente para proteger a vida e integridade dos cidadãos» da Coreia do Sul, defendeu o ministério em comunicado.
Já o Ministério da Unificação sul-coreano, encarregado das relações com o Norte, minimizou a importância do último anúncio norte-coreano, enquadrando-o na recente campanha de ameaças verbais do país comunista.
Num despacho da agência estatal KCNA, a Coreia do Norte assegurou no início da madrugada de hoje (hora de Lisboa) que tinha entrado em «estado de guerra» e advertiu para um «combate em grande escala» fora da região.
Desde que no dia 7 de março, o Conselho de Segurança da ONU reforçou as sanções sobre a Coreia do Norte, devido ao recente teste nuclear de fevereiro, o regime de Kim Jong-un tem dirigido ameaças quase diárias à Coreia do Sul e Estados Unidos.
As ameaças incluem um ataque nuclear preventivo contra a Coreia do Sul e Estados Unidos, reiterada na sexta-feira pelo regime norte-coreano.
Os Estados Unidos comprometeu-se a defender a Coreia do Sul perante um hipotético ataque do Norte, desde a Guerra da Coreia (1950-1953), que terminou com um armistício e que até hoje situa em estado técnico de guerra os dois lados da península.