Petrobras sobe 18% em bolsa e real valoriza depois da detenção de 'Lula' da Silva
As ações da Petrobras abriram a subir 18 por cento na bolsa de São Paulo, num dia que está a ser marcado pela divulgação de bons indicadores económicos e pela detenção do antigo presidente brasileiro Lula da Silva.
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De acordo com a agência financeira Bloomberg, o Ibovespa abriu a subir mais de 06% e a moeda brasileira estava a valorizar-se quase 03% no dia que começou com as imagens da detenção do antigo presidente da República Lula da Silva.
Na sequência da detenção, há também notícias de confrontos à porta de casa de Lula entre apoiantes e críticos do antigo chefe de Estado.
O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva foi detido e levado para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde deve prestar declarações à Polícia Federal (PF), divulgou a imprensa brasileira.
O jornal Folha de São Paulo citou membros da defesa de Lula da Silva, que confirmaram que o ex-presidente está a ser levado para o aeroporto de Congonhas, onde deve prestar depoimento à Polícia Federal.
O ex-presidente, segundo o jornal, reagiu bem quando a PF bateu à sua porta e estava tranquilo.
A operação foi batizada pela PF de "Aletheia" e é uma referência a uma expressão grega que significa "busca da verdade".
Na madrugada de hoje, a PF e auditores da Receita Federal (Finanças) iniciaram a 24.ª fase da 'Operação Lava Jato', que começou em março de 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de capitais, sendo o ex-presidente um dos visados na ação.
Os carros da PF chegaram às 06:00 locais (09:00 em Lisboa) à casa de Lula da Silva em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo.
O ex-presidente é alvo de mandado de busca e apreensão e de condução coercitiva (quando o investigado é obrigado a depor) e propriedades de outros familiares estão a ser também alvo de buscas.
Cerca de 200 agentes da PF e 30 auditores da Receita Federal cumprem 44 mandados judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Baía.
São investigados crimes de corrupção e branqueamento de capitais, entre outros, relacionados com a petrolífera brasileira Petrobras.