O presidente sul-africano, Jacob Zuma, declarou hoje uma semana de luto nacional pela violência na mina de platina onde 34 mineiros grevistas foram mortos pela polícia.
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«A nação está em choque e dor. Devemos refletir durante esta semana sobre a santidade da vida humana e do direito à vida, como o consagrado na Constituição da República», disse Zuma, três dias depois da tragédia que provocou a morte a 34 mineiros em Marikana.
A mina de Marikana fica a noroeste de Joanesburgo e morreram na última semana 34 pessoas em confrontos entre mineiros em greve e as forças policiais, havendo ainda muitos feridos em tratamento.
Agentes da polícia abriram fogo na quinta-feira passada sobre uma multidão de mineiros que alegadamente atacava com catanas, paus e outras armas, matando 34 e ferindo 78.
A violência em Marikana, nos arredores de Rustenburg, região onde se situam alguns dos maiores depósitos de platina do mundo, eclodiu na sequência de uma greve ilegal decretada por mais de três mil mineiros da empresa Lonmin, divididos entre dois sindicatos que lutam pela hegemonia nas minas.
Nesses confrontos entre mineiros já tinham morrido antes dez pessoas, entre as quais dois polícias.