O chefe da diplomacia britânica, William Hague, afirmou hoje que a recusa do regime de Assad em deixar a ajuda humanitária chegar aos civis na Síria é mais uma «acção criminosa».
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«A recusa de ajuda humanitária, além dos assassínios, da tortura e da repressão na Síria, reforçam [a ideia de] que o regime se tornou criminoso», afirmou Hague numa entrevista à SkyNews.
O ministro britânico disse que Londres já protestou diretamente junto das autoridades sírias e pretende levar também o assunto ao Conselho de Segurança da ONU.
Hague disse ainda ter discutido o assunto com o seu homólogo russo, Serguei Lavrov.
A Cruz Vermelha continuava hoje à tarde sem conseguir entrar no bairro de Baba Amr, bastião rebelde da cidade de Homs (centro), recuperado pelas forças sírias depois de semanas de intensos bombardeamentos.
A coluna da organização, constituída por sete camiões com 15 toneladas de alimentos e ajuda médica, mantém-se nas proximidades de Baba Amr.
As autoridades sírias justificam a interdição com razões de segurança, citando a presença de bombas e de minas nas ruas.
Milhares de pessoas permanecem no bairro, que continuava hoje a ser bombardeado pelas forças sírias.
Outras zonas de Homs, a terceira maior cidade síria com cerca de um milhão de habitantes, foram também hoje novamente bombardeadas.
Algumas serviam de refúgio a habitantes que fugiram de Baba Amr.
A organização internacional de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch disse hoje que os 27 dias consecutivos de bombardeamentos em Homs fizeram pelo menos 700 mortos e milhares de feridos.