A reunião do Eurogrupo encerrou os trabalhos este sábado sem que haja um vislumbre de acordo. Os ministros voltam a reunir este domingo, às 10h00, hora de Lisboa.
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A reunião extraordinária de ministros das Finanças da zona euro realizada este sábado, em Bruxelas, terminou sem acordo sobre nova ajuda à Grécia.
O Eurogrupo, que esteve reunido entre as 15:30 (14:30 em Lisboa) e a meia-noite locais, voltará a reunir-se às 11:00 (10:00 de Lisboa), antes das cimeiras extraordinárias da zona euro e da União Europeia já previstas para a tarde.
Segundo apurou a TSF, a exigência de mais austeridade para a Grécia e a tomada de medidas que possam produzir legislação já nas próximas semanas são dois pontos que estão a causar impasse nas negociações.
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, indicou que a reunião deste sábado foi inconclusiva e será retomada no domingo, comentando que "ainda é muito difícil, mas há trabalho em progresso".
"Suspendemos a nossa reunião e continuaremos amanhã (domingo) às 11:00 (10:00 em Lisboa). Tivemos uma discussão aprofundada sobre as propostas gregas, a questão da credibilidade e confiança, e discutimos também, claro, as questões financeiras envolvidas. Mas não concluímos as nossas discussões, pelo que continuaremos às 11:00. Ainda é muito difícil, mas há trabalho ainda em progresso, é tudo o que posso dizer", declarou à saída, escusando-se a fazer mais comentários.
Portugal esteve representado na reunião pela ministra Maria Luís Albuquerque, que não prestou quaisquer declarações aos jornalistas.
O Eurogrupo, que esteve hoje reunido quase nove horas, realizará no domingo de manhã a sua décima reunião sobre a Grécia nas últimas quatro semanas, imediatamente antes dos encontros ao nível de chefes de Estado e de Governo previstos para a tarde: uma cimeira dos 19 países da zona euro às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e outra dos 28 países da União europeia às 18:00 (17:00 em Lisboa), encontros nos quais participará o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
Este fim-de-semana foi apontado por diversos líderes europeus como "absolutamente decisivo" para a crise grega e a situação da Grécia no espaço monetário único, tendo vários responsáveis afirmado que ou há acordo ou então é necessário discutir os moldes de um "Grexit", a saída da Grécia da zona euro.