O presidente russo admite a possibilidade do estabelecimento de relações com os rebeldes líbios se unirem o país em bases democráticas, mas referiu que ainda há dois poderes na Líbia.
Corpo do artigo
«Se os insurgentes tiverem força de espírito e possibilidades de unir o país em novos princípios democráticos, claro que iremos analisar a questão do estabelecimento das respectivas relações com eles», afirmou Medvedev, no final de um encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il.
Segundo Medvedev, «por enquanto há dois poderes na Líbia e a Rússia deposita esperanças na consecução de um acordo sobre o fim dos combates entre as partes do conflito».
Os rebeldes líbios assumiram, na terça-feira, o controlo do complexo residencial de Muammar Kadhafi em Tripoli, proclamando a queda do regime que instaurou em 1969, mas desconhecem o paradeiro do coronel e dos seus filhos.
Algumas analistas consideram que esta posição expectante de Moscovo poderá enfraquecer o seu poder de negociação com o novo governo líbio depois da queda do coronel.
A Rússia tem fortes interesses na Líbia no campo do gás, petróleo, caminhos de ferro e armamentos.