Adalberto Campos Fernandes diz que é de "bom senso" que em alguns serviços do SNS, haja um "ajustamento" porque o recrutamento "não é instantâneo". E espera colaboração dos sindicatos.
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No Parlamento, o ministro da Saúde sublinhou que qualquer "detalhe de afinamento" sobre a forma como será aplicada a redução para as 35 horas de trabalho semanal, na Função Pública, será "sempre feita com o acordo dos sindicatos".
Adalberto Campos Fernandes considera que alguns setores do Serviço Nacional de Saúde (SNS), "dado o período de férias que se avizinha", podem ser alvo de uma "gestão diferenciada".
"Aquilo que eu chamaria bom senso é que possa haver, em setores, e em serviços nomeadamente do SNS, com o apoio e com a colaboração dos sindicatos, um faseamento, um ajustamento que tenha que ver com o recrutamento, que não é instantâneo", disse o ministro.
Campos Fernandes diz que "os sindicatos têm-se disponibilizado para ajudar".
Nesta audição que ainda decorre, o ministro não se referiu a custos desta medida mas, na semana passada, também no Parlamento, Mário Centeno, responsável pelas Finanças tinha estimado em 27 milhões de euros, a contratação de enfermeiros, no segundo semestre deste ano.
O ministro das Finanças disse, na altura, que o sector da saúde é "de longe" aquele onde o impacto da aplicação da redução do horário de trabalho é maior.