Na entrevista TSF, desta semana, o líder parlamentar do Bloco de Esquerda assume que o partido quer ser Governo e fala do tema central da atualidade política: a Caixa Geral de Depósitos.
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Os créditos mal concedidos pela Caixa Geral de Depósitos, nos últimos anos, têm que ter "assumida a responsabilidade" criminal "por gestão danosa para o Estado".
Pedro Filipe Soares, o líder parlamentar do Bloco de Esquerda na Entrevista TSF desta semana assume que a auditoria à Caixa assumida plo Governo não pode no fim ser arquivada na gaveta.
"Quaisquer créditos que não tenham tido uma validação consoante a politica de crédito, que decorram de atos de gestão danosa, de gestão ilegal, sejam depois enviados para o ministério público", diz Pedro Filipe Soares.
Para o líder da bancada parlamentar do BE, "nós não podemos aceitar que quem é administrador da Caixa tenha um role de impunidade. Não é aceitável, e por isso nós exigimos essa transparência e responsabilização de quem gere dinheiros públicos"
BE no Governo?
Pedro Filipe Soares admitiu nesta entrevista que o Bloco de Esquerda quer vir a ser um partido de governo.
"Nós queremos ser governo. Queremos é fazê-lo com a plenitude dos nossos direitos e das nossas responsabilidades, que é para garantir que as expectativas geradas sobre nós não serão goradas depois da nossa participação" no governo, defende Pedro Filipe Soares.
Para já, o Bloco de Esquerda é um partido de apoio parlamentar ao Governo Socialista e Pedro Filipe Soares admite que não está refém do PS, nos debates futuros e muito menos no debate do próximo Orçamento de Estado.
Ele diz que "não vamos no bolso de ninguém para qualquer debate".
E, "não partimos para o debate do próximo Orçamento de Estado dizendo que vamos votar contra mas também não partimos derrotados", sustenta Pedro Filipe Soares.
O Orçamento de Estado para 2017 é a próxima meta em vista pelo Bloco de Esquerda para cravar na agenda do governo os temas que considera estruturantes e por isso, "vamos à luta em cada um dos temas conscientes da nossa responsabilidade dentro desta maioria parlamentar", conclui.