IL retira confiança política a vereadora em Sintra e reitera recusa em integrar executivos com Chega

"A Iniciativa Liberal não partilha nem tolera o populismo, o autoritarismo ou o ódio que o Chega amplifica e representa", sublinha Mariana Leitão
Rodrigo Antunes/Lusa (arquivo)
Mariana Leitão revela que Eunice Baeta, vereadora eleita pela coligação PSD/IL em Sintra, informou-a na quinta-feira que tomou a decisão de integrar um executivo com vereadores do Chega, "violando a decisão tomada pela Comissão Executiva da IL"
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A presidente da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão, anunciou esta quinta-feira ter retirado a confiança política a Eunice Baeta, que aceitou ser vereadora em Sintra num executivo liderado pelo PSD e em que o Chega terá pelouros.
Mariana Leitão pediu ainda que Eunice Baeta renunciasse ao cargo de vogal da Comissão Executiva do partido, "por não estarem reunidas as condições de confiança política para o continuar a exercer, o que foi aceite", divulgou a IL em comunicado.
Nesse comunicado, assinado pela líder da IL, Mariana Leitão revela que Eunice Baeta, vereadora eleita pela coligação PSD/IL em Sintra, informou-a na quinta-feira que tomou a decisão de integrar um executivo com vereadores do Chega, "violando a decisão tomada pela Comissão Executiva da IL".
"A 21 de Outubro, a Comissão Executiva da Iniciativa Liberal deliberou em reunião não aceitar a integração de vereadores do Chega nos executivos camarários onde a IL está integrada na governação em coligação com o PSD. Esta posição foi aprovada com apenas um voto contra e nenhuma abstenção", lê-se na nota.
Assim, Mariana Leitão decidiu "retirar a confiança política à Eunice Baeta, deixando o seu mandato de ser exercido em representação da Iniciativa Liberal", decisão essa que diz ter comunicado "primeiro à própria após ter conhecimento da sua decisão".
A líder da IL sublinha que o partido "sempre disse que nunca integraria qualquer governo com o Chega" e reafirma "essa posição intransponível".
"A Iniciativa Liberal não partilha nem tolera o populismo, o autoritarismo ou o ódio que o Chega amplifica e representa. Não há compromisso possível entre quem defende a liberdade individual, a responsabilidade e o Estado de Direito com quem vive da divisão, da demagogia e do ataque às instituições democráticas", sustenta.
Segundo Mariana Leitão, "a Iniciativa Liberal não abdica dos seus princípios por cargo nenhum, nem viabiliza nem branqueia o projeto político do partido Chega".
