Marcelo Rebelo de Sousa sublinha que o Presidente da República "tem de ser neutral" e defende que estar "a dizer o que quer que seja" sobre um dos candidatos a Belém "era a pior ideia do mundo"
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, escusou-se esta terça-feira a comentar os cartazes do candidato presidencial André Ventura com referências à comunidade cigana e ao Bangladesh, alegando que não quer interferir na campanha eleitoral.
"Não vou comentar a campanha eleitoral (...). Na campanha eleitoral, cada partido acaba por tomar as suas iniciativas e o Presidente da República não comenta, porque se comentasse passava a ser parte da campanha eleitoral", referiu, em declarações aos jornalistas numa escola em Vila Verde, onde deu uma aula sobre participação cívica dos jovens.
"O Presidente da República tem de ser neutral e, então, ainda por cima (...), numa eleição presidencial que é a eleição do sucessor. Estar a dizer o que quer que seja, o comentário de um dos candidatos a candidato, era a pior ideia do mundo", rematou Marcelo.
Os cartazes em causa, colocados recentemente pelo país, têm sido alvo de várias críticas e oito associações ciganas anunciaram que vão apresentar queixa no Ministério Público e ponderam avançar com uma providência cautelar para que sejam retirados.
O PS também apelou do líder intervenção do Ministério Público para aplicar eventuais sanções por causa dos cartazes.
Nesta deslocação em Vila Verde, Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se igualmente a pronunciar-se sobre a lei da nacionalidade, por ainda não ter chegado a Belém.
"Não tenho a lei da nacionalidade. Tenho de esperar, depois veremos", referiu.
