Ativistas foram identificadas, mas não detidas, após ataque com tinta ao ministro do Ambiente
Segundo a PSP, as três ativistas não foram detidas porque o visado, Duarte Cordeiro, não apresentou queixa. O governante tem ainda seis meses para o fazer.
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Foram identificadas, mas não detidas, as três jovens ativistas pelo clima, que estiveram envolvidas no ataque com tinta verde ao ministro do Ambiente e Ação Climática, na manhã desta terça-feira, numa conferência da CNN Portugal.
O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP confirma à TSF que duas das ativistas participaram diretamente no incidente, enquanto uma terceira proferiu palavras de ordem.
Segundo a PSP, as três ativistas não foram detidas porque o visado, Duarte Cordeiro, não apresentou queixa. O governante tem ainda seis meses para o fazer.
Segundo a CNN Portugal, o protesto deveu-se ao facto de o evento ser patrocinado pela Galp e pela EDP. "O Governo provou que não quer saber da transição climática ao fazer conferências com a EDP e a Galp", "este vai ser o último inverno de gás", "não permitimos que vendam o nosso futuro" e "a Galp e a EDP não querem saber da transição justa", foram algumas das frases de ordem que as jovens gritaram.
A ação de protesto foi reivindicada pelo grupo de estudantes "Primavera das Ocupas - Fim ao Fóssil" nas redes sociais, com a porta-voz da ação, Matilde Ventura, a acusar a conferência promovida pela CNN de ser "uma fachada para limpar a imagem das empresas que em Portugal estão a lucrar com as crises climática e de custo de vida".
O governante afirmou que o ativismo climático mais radical quer confrontar o status quo.
"Pelo menos a cor acertaram, que é verde. O ativismo climático existe e, tendo em conta o momento em que já estamos, que é legitimado pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que fala do colapso climático, assume que é preciso radicalizar não só no discurso, mas também na ação para precipitar e acelerar a velocidade das políticas públicas, uma vez que já estamos em contagem decrescente. É isto que esta geração mais ativista que defende a justiça social pretende: confrontar o status quo", referiu.