Catarina Martins aponta o caso Galamba como um "sinal de absoluta degradação" da maioria absoluta.
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A coordenadora do BE acusou esta terça-feira o primeiro-ministro de estar a "perder tempo" que o "país não tem" em vez de fazer uma reorganização do Governo, criticando "a absoluta degradação" e o silêncio sobre "os problemas políticos" do executivo.
"Julgo que foi uma surpresa para todo o país ouvir hoje o primeiro-ministro de Portugal a fazer uma declaração solene sobre uma 'coboiada' do Ministério das Finanças e não dizer uma palavra sobre os problemas políticos do Governo. É sinal de uma absoluta degradação ou se quiserem é a maioria absoluta como ela própria", disse Catarina Martins aos jornalistas em reação à decisão anunciada por António Costa de não aceitar o pedido de demissão de João Galamba do cargo de ministro das Infraestruturas.
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Para Catarina Martins, o primeiro-ministro "decidiu perder tempo" que "o país não tem", considerando que "o que era preciso era uma reorganização do Governo", não apenas dos "ministros descredibilizados", mas da própria política do executivo.
Questionada sobre a necessidade de dissolução do parlamento ou demissão do Governo, a líder do BE respondeu que os bloquistas vão ouvir "com atenção o senhor Presidente da República", mas assegurou que o seu partido "está preparado para qualquer cenário".
Segundo a líder do BE, o primeiro-ministro "achou por bem falar de um incidente rocambolesco, de uma bicicleta atirada não sei para onde em vez de falar daquilo que é o problema".
"Problema é que sucessivos ministros mentem sobre a sua relação com uma importante empresa publica portuguesa, a TAP", criticou, apontando um "Governo absolutamente descredibilizado".