Costa fala em "ataque político" ao seu caráter e alerta que "muitos conhecem a história"
O primeiro-ministro diz que tem "muito orgulho" do trabalho para estabilizar a banca, e acusa Carlos Costa de "montar ataque ao seu caráter".
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António Costa garante que a história "vai esclarecer" toda a polémica sobre a alegada pressão para manter Isabel dos Santos no Banco BIC, revelada pelo antigo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, no livro "O Governador". O primeiro-ministro reafirma que vai levar Carlos Costa a tribunal "pelo conjunto de mentiras, meias verdades e deturpações", e garante que tem "muito orgulho" no trabalho para estabilizar a banca.
À saída das celebrações do centenário do nascimento de José Saramago, Nobel da literatura, o primeiro-ministro lembrou "as dezenas de notáveis obras" que o escritor escreveu, contrastando com o livro de Luís Rosa, em que cada página "é um conjunto de mentiras, meias verdades e deturpações".
O primeiro-ministro defende que Carlos Costa "entendeu que devia montar uma ação política de ataque ao seu caráter", apesar de o antigo governador do Banco de Portugal "estar no seu direito". No entanto, também António Costa "tem o direito de se defender".
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"Estou há anos na vida pública para não admitir que, quem quer que seja, mesmo que antigo governador, minta ao meu respeito pelos meus atos ou intenções. A história esclarecerá tudo e há muitos que conhecem a história", alerta.
Confio na justiça. A honra, antigamente, lavava-se em duelos. Agora, felizmente, num Estado civilizado, uma democracia, num Estado de Direito, temos meios próprios de apurar a esclarecer a verdade nos tribunais", acrescentou.
Os tribunais vão julgar o caso, já depois de António Costa ter assumido que vai processar Carlos Costa para "apurar a esclarecer a verdade nos tribunais", com o primeiro-ministro a acrescentar que cada página "que vai conhecendo só justifica a decisão".
António Costa, que "não passou mandato a ninguém para que o ofendam", garante que "não precisa de andar a fazer polémicas", deixando para a justiça o esclarecimento das acusações na obra de Luís Rosa, sobre o mandato de Carlos Costa à frente do Banco de Portugal.
O primeiro-ministro destacou ainda a melhoria da economia portuguesa, "com bancos que conseguem desenvolver a sua atividade, sem que o país viva em sobressaltos". "Tenho muito orgulho no trabalho que desenvolvi", atirou.
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