Secretária de Estado da Inclusão assinala que o número de vagas evolui semanalmente.
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O Governo assegura que há vagas nas creches para o próximo ano letivo, incluindo nos grandes centros de habitação, onde há mais procura, contrariando assim o alerta deixado esta segunda-feira na TSF pela Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular (ACPEEP).
Em declarações à TSF, a presidente da ACPEEP alertou que as vagas "para o próximo ano letivo, que começa em setembro, neste momento já estão praticamente todas esgotadas" e que as creches privadas já estão a receber famílias que receberam indicação, por parte do setor social, de que não há vagas.
Além desta preocupação, a ACPPEEP avisa também que as vagas existentes estarão localizadas "onde não fazem falta".
O Governo, pela secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes, assinala haver "cerca de 1180 vagas disponíveis" e garante que estas "não são as mesmas" que estavam disponíveis na semana passada "ou há duas semanas".
O argumento de que as vagas existentes estão em locais "onde a procura não existe ou é escassa" também é rebatido pelo Governo. Na semana passada, assinala a governante, havia vagas na Área Metropolitana de Lisboa "em concelhos como Lisboa, Cascais, Sintra, Loures e Odivelas" e, na Área Metropolitana do Porto, "em concelhos como Gondomar, Vila Nova de Gaia, Maia ou Matosinhos".
No próximo ano letivo, o programa Creche Feliz, que garante creches gratuitas, vai ser aumentado: há 418 instituições privadas que já aderiram e, dentro de "uma a duas semanas", juntar-se-ão "mais 40".
"Com tudo isto, teremos 80% da capacidade das creches privadas em Portugal a trabalhar com a Segurança Social", explica.
A gratuitidade abrange, neste momento, as crianças nascidas após 1 de setembro de 2021, mas por ser um "sistema progressivo", no próximo ano, a partir de setembro, serão abrangidas "crianças da sala dos dois anos", um tipo de vagas que compõe "40% das cem mil no setor social".
"A partir de setembro, vamos estar a abrir e disponibilizar vagas que até agora não estavam na gratuitidade e passam a estar", conclui.
A ACPEEP queixa-se também da falta de profissionais e de educadores de infância, um problema que o Governo admite existir e que diz estar a trabalhar para resolver.