O secretário-geral da UGT afirmou, ao programa Gente que Conta deste domingo, que se não houvesse acordo da concertação social, o movimento sindical estaria em causa.
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«Se não houvesse um acordo não eram só os trabalhadores que estavam em causa numa grande desregulação laboral em Portugal, mas também o próprio movimento sindical», disse.
O sindicalista explicou que o «memorando da troika, que resulta das negociações do anterior governo, sobre a negociação colectiva punha claramente em causa a existência do movimento sindical em Portugal».
João Proença considerou que «se houver despedimentos» e «na prática políticas de reestruturação selvagem», é evidente que isso vai gerar «conflitos».
O acordo de concertação social alcançado no início da semana não vai ao encontro da possibilidade requerida pelas empresas de «poder reduzir livremente até 20 por cento o horário de trabalho com correspondente diminuição de salários», sublinhou.
O líder da UGT destacou ainda que, «a contrastar com a atitude de responsabilidade do secretário-geral do PS [António José Seguro], tem havido uma atitude de grande irresponsabilidade de alguns ex-governantes do PS» relativamente ao acordo em causa.
O sindicalista, que se recusou a falar em nomes, fez saber que lançou um desafio a esses socialistas: que apontem «uma única medida neste acordo que seja pior do que o memorando que assinaram com a troika».
A entrevista a João Proença no programa Gente que Conta, uma parceria da TSF com o DN, pode ser ouvida na íntegra este domingo, depois no noticiário das 11:00 horas.