O primeiro-ministro garantiu hoje no Parlamento que Portugal vai lutar pelo princípio de igualdade de tratamento ao nível do Fundo de Estabilidade Financeira.
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Pedro Passos Coelho admitiu que Portugal pode vir a beneficiar das condições mais benéficas atribuídas à Grécia no âmbito do Fundo de Estabilidade Financeira (FEEF), o que significa que pode haver mais tempo para pagar a dívida com juros mais baixos.
«Não deixaremos de usar o princípio de igual tratamento junto dos parceiros internacionais e da União Europeia», garantiu Passos Coelho no debate quinzenal na Assembleia da República..
Na resposta às acusações do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, sobre as mudanças de discurso do Governo acerca da possibilidade de Portugal beneficiar das mesmas condições do acordo de Atenas, o primeiro-ministro reafirmou que «a situação da Grécia não é comparável à de Portugal».
O primeiro-ministro admitiu, no entanto, que o debate público sobre a concessão das condições da Grécia a Portugal, foi «uma grande trapalhada» e recusou qualquer responsabilidade do Governo nesta matéria.
«Não preciso de desautorizar ninguém no Governo, ninguém no Governo disse coisa diferente do que eu disse. E não preciso de desautorizar, nem nunca o faria, o senhor Presidente da República mas tive oportunidade ainda ontem de sublinhar que a perspectiva que ele enunciou incide exactamente sobre aquela que o Governo exprimiu: Portugal não é a Grécia».
Passos Coelho afirmou ainda que «o Governo português não tem submissão a coisa nenhuma»,na resposta a Jerónimo de Sousa que disse que o Governo tinha sido submisso em Bruxelas.