PCP defende eleições antecipadas com calendário das legislativas de 2022 como "referência"
Paulo Raimundo tinha defendido, esta terça-feira, que o país precisava de soluções e não de eleições, mas mudou de posição.
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O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, defendeu esta quarta-feira, após ter sido recebido pelo Presidente da República, que o caminho a seguir para resolver a crise política no país deve ser o de dissolver a Assembleia da República e convocar eleições.
"No atual quadro político e institucional, a única solução que existe para dar resposta a esse problema é a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições", declarou aos jornalistas no Palácio de Belém, em Lisboa.
"Infelizmente temos um calendário muito semelhante ao de há dois anos, portanto esse calendário devia servir como referência", indicou, notando que "foi durante o mês de janeiro de 2022 que decorreram as eleições" depois da dissolução da Assembleia da República decretada no fim de 2021 que culminou na convocação de eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro.
Quanto ao Orçamento do Estado para 2024, os comunistas mantêm a avaliação "negativa" do mesmo, com Paulo Raimundo a defender que "aquilo que se exige não é estarmos de volta de um orçamento que é mau" quando questionado sobre a necessidade de o salvaguardar.
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Sobre os processos em curso na justiça e que levaram à demissão do primeiro-ministro, o líder comunista disse ter transmitido a Marcelo o desejo de que sejam "rapidamente esclarecidos, investigados e que se chegue a conclusões" pela importância para a "credibilidade da própria democracia".
Paulo Raimundo revelou ainda que o Presidente da República "não está satisfeito com a situação nem com o desenvolvimento das questões, é normal".
Marcelo Rebelo de Sousa, está a ouvir os oito partidos com assento parlamentar para uma eventual dissolução do parlamento, depois da demissão do primeiro-ministro, na terça-feira.
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