A procuradora-geral da República reconheceu hoje que têm existido «perturbações» com a nova reorganização judiciária, em vigor desde segunda-feira, designadamente no plano informático, devido aos «problemas» no sistema Citius.
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«Há perturbações que decorrem da dimensão grande que está envolvida nesta mudança. Temos que reconhecer que, efetivamente, há umas perturbações designadamente no plano informático», admitiu Joana Marques Vidal.
A título de exemplo, a procuradora-geral da República (PGR), aludiu que, tal como é público, «o Citius tem tido alguns problemas», mas disse acreditar serem «problemas que irão sendo resolvidos».
«É essa a nota que temos das entidades responsáveis e acredito que, com o trabalho de todos nós, consigamos pôr as coisas a funcionar», de modo a que «os cidadãos sejam pouco prejudicados», acrescentou.
Joana Marques Vidal falava aos jornalistas após conferir posse ao novo procurador-geral Distrital de Évora, Alcides Manuel Rodrigues, numa cerimónia realizada na cidade alentejana.
Questionada sobre o novo mapa judiciário, a PGR realçou que, no caso deste tipo de reorganização, não se trata de «mudanças automáticas». «Não é pelo facto de ter entrado em vigor a lei - e todos temos trabalhado muito para que ela entre em vigor de uma maneira o mais correta possível -, que as coisas se alteram, de um dia para o outro», frisou.
É necessário «trabalhar» e «finalizar tudo aquilo que esteja, porventura, a funcionar mal, sinalizar as deficiências e ultrapassá-las, de uma maneira articulada e em conjunto», defendeu.
Joana Marques Vidal referiu que este mapa judiciário «tem uma concetualização que consagra princípios distintos da anterior organização judiciária», pelo que implicou «uma mudança muito grande». Trata-se «não apenas de um mapa», mas sim de «uma nova conceção de gestão», que vai «implicar alterações na organização das magistraturas, nos estatutos, designadamente no do Ministério Público», realçou.