"São os bancos que pagam ou o Estado?" IL quer mais dados sobre novos apoios do Governo
Rui Rocha termina esta sexta-feira a primeira campanha como presidente da IL.
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A Iniciativa Liberal (IL) pede mais esclarecimentos ao Governo sobre as medidas apresentadas ontem para aliviar as prestações do crédito à habitação. Em campanha eleitoral na Madeira, Rui Rocha até admite que as medidas "não são más", mas é preciso esclarecer se são os bancos ou o Estado a pagar.
Só depois dos "esclarecimentos adicionais" do Governo, a IL fará uma "avaliação mais profunda", mas Rui Rocha esclarece, desde já, que o partido "não tem uma resistência de princípio".
"Precisamos que o Governo esclareça, finalmente, quem é que paga. São os bancos que pagam? É o Estado que paga?", questiona.
Rui Rocha avisa ainda que, na sua opinião, "não é forma de gerir o país, escondendo qual é o encargo das medidas e quem as vai pagar". Quase 24 horas depois do anúncio do Governo, surgiu a análise da IL, já em campanha na Madeira.
É a primeira vez que os liberais vão a votos com Rui Rocha na liderança, que passou grande parte da campanha no terreno, junto ao núcleo regional da Madeira. Para o líder, "não foi praxe, nem tranquilo", mas leva uma certeza: os portugueses acolhem as ideias liberais.
Uma das bandeiras da IL é a redução de impostos, não só no continente, mas em todo o território nacional. No entanto, na Madeira, também o PS faz campanha com essa proposta. Rui Rocha avisa os madeirenses que não passa de uma farsa.
"Ninguém acredita que o PS desça impostos na Madeira, nos Açores ou no continente. Nós conhecemos bem o PS: alguém acredita que essa seja uma proposta genuína?", pergunta.
Eleger um deputado são "serviços mínimos"
A Iniciativa Liberal vai tentar eleger pela primeira vez na Madeira, depois de ter concorrido em 2019, e o cabeça de lista Nuno Morna é claro nos objetivos: eleger um grupo parlamentar, ou seja, mais do que um deputado.
Questionado se será uma derrota para o partido, caso não consiga eleger dois deputados, Nuno Morna responde que a eleição de apenas um representante "é cumprir serviços mínimos".