Seguro não tem um "Citroën para fazer a rodagem", mas telemóvel tem "tocado mais vezes"
Questionado sobre se tem recebido apoios para avançar novamente para a liderança socialista, o antigo secretário-geral afastou um cenário com um comentário irónico sobre rodas.
Corpo do artigo
O antigo secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro, assumiu-se esta sexta-feira "não só perplexo", mas também triste e inquieto com a crise política em que o país mergulhou esta semana, mas quando questionado sobre se tem recebido apoios para avançar para a liderança socialista, respondeu com ironia: "Não tenho nenhum Citroën para fazer a rodagem."
Questionado pelos jornalistas à margem de um evento na Lousã, Seguro sublinhou que já em maio tinha aberto uma "exceção" à ausência da vida política nacional para se declarar "perplexo" quando olhava para o país. Agora, vai mais longe.
"Com aquilo que está a acontecer e que aconteceu esta semana, não só fico perplexo como partilho o sentimento da esmagadora maioria dos portugueses de tristeza e de inquietação. Quer dizer, o país merece muito mais e merece melhor do que aquilo com que temos sido confrontados", lamentou num momento captado pela SIC Notícias.
TSF\audio\2023\11\noticias\10\antonio_jose_seguro_novo
Já sobre se tem recebido apoios para apresentar uma candidatura ao PS, confessou que "é normal que neste turbilhão o telefone tenha tocado e tenha recebido mensagens mais vezes", mas que não tem "nenhum Citroën para fazer a rodagem".
António José Seguro foi secretário-geral do PS entre 2011 e 2014, sucedendo-lhe no cargo o demissionário António Costa.