O ministro principal escocês, Alex Salmond, disse no domingo que não vai ser proposto um novo referendo sobre a independência da Escócia durante uma «geração», se o "não" vencer.
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Ao ser questionado na cadeia britânica BBC se renunciaria a propor uma nova votação depois de uma eventual vitória do "não", Salmond respondeu: «Essa é a minha visão. A minha visão é que isto é uma oportunidade para a Escócia que se dá uma vez em cada geração, talvez uma vez na vida».
«É preciso recordar os referendos constitucionais prévios que houve na Escócia. Houve um em 1979 e o seguinte foi em 1997. A isso refiro-me com uma geração política», indicou Salmond.
Em 1979, os escoceses votaram contra a instauração de uma assembleia legislativa autónoma, uma questão que voltou a ser submetida às urnas 18 anos depois, mas nesta última ocasião com resultado afirmativo.
O também líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP) defendeu que no dia a seguir ao plebiscito «o primeiro assunto urgente será unir a Escócia». «Na sexta-feira, um dia depois, deixará de haver uma campanha pelo "sim" e uma campanha pelo "não", haverá apenas "uma equipa Escócia"», afirmou Salmond.
O líder da campanha pela permanência da Escócia no Reino Unido, o ex-ministro trabalhista Alistair Darlin, afirmou, por seu lado, que neste assunto coincide com o político independentista, tendo referido na quinta-feira que «é necessário decidir isto para uma geração».