Fonte oficial do governo de Atenas diz à TSF que não estava à espera que a saída temporária do Euro fosse discutida na reunião do Eurogrupo. Também o modelo proposto para o plano de privatizações está a gerar mau-estar junto do governo grego.
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O governo grego recebeu com surpresa a proposta que esteve em discussão no Eurogrupo e que prevê a saída temporária da Grécia da zona euro.
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A proposta, recorde-se, não recebeu o consenso de todos os membros do Eurogrupo mas está oficializada no documento enviado para a cimeira de líderes da zona euro.
À TSF, o porta-voz do governo grego, Gabriel Sakellaridis, confirmou que o primeiro-ministro grego foi confrontado com todas as medidas incluidas no documento, incluindo a possibilidade de um "Grexit". Foi uma "surpresa negativa" para Alexis Tsipras, adianta o porta-voz.
Gabriel Sakellaridis acrescenta que há muitas questões ainda em aberto. Há uma grande relutância por parte da Grécia em aceitar o envolvimento do FMI no futuro resgate mas essa é uma das pré-condições da zona euro para que o financiamento seja feito.
No documento que saiu do Eurogrupo, a troika estima que sejam necessários entre 82 a 86 mil milhões de euros para financiar a Grécia nos próximos três anos.
Uma outra proposta que também gerou a indignação junto do governo grego tem a ver com a questão das privatizações.
De acordo com o documento que saiu do Eurogrupo, a Grécia deveria entregar à zona euro activos no valor de 50 mil milhões de euros que as autoridades europeias venderiam ao longo do tempo.
Esta medida entraria em vigor caso a Grécia não conseguisse rapidamente um programa de privatizações.
Citada pelo jornal norte-americano Politico, fonte do governo grego classificou a medida de "proposta de outro mundo".
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Em causa estão 50 mil milhões de euros quando, até aqui, a Grécia privatizou pouco mais de 5 mil milhões de euros desde 2011.