"Chantagem é inaceitável." 'Os Verdes' garantem que impacto orçamental "não é verdade"

'Os Verdes' recusam a "chantagem" do Governo e mantêm o sentido de voto na proposta sobre a contagem do tempo de serviço dos professores.

Heloísa Apolónia considera "inadmissível e inaceitável" a "chantagem e a forma como o Governo procura condicionar a Assembleia da República", frisando que 'Os Verdes' vão manter "a coerência".

Em declarações no Parlamento, a líder do PCP realçou o facto de ontem "o grande argumento" do Governo ter sido a "inconstitucionalidade das propostas" e de esta sexta-feira o primeiro-ministro se referir "ao montante, à verba em causa".

"Como é possível aceitar que não haja verba para esta justiça e haja sempre e permanentemente verba para safar os bancos e injetar na banca privada e até para pôr o défice abaixo daquilo que o Governo toma como previsão", crítica a líder do PEV.

O partido ecologista realça ainda que "o primeiro-ministro não falou verdade quando fala do impacto para o ano 2019 das propostas apresentadas", explicando que as medidas "não têm qualquer impacto orçamental em 2019 e quando fala da necessidade de um orçamento retificativo não é verdade".

"Parece que se está a jogar com os números da forma que dá mais jeito", conclui.

O início da guerra entre professores e Governo remonta a 2017 e à aprovação do Orçamento do Estado de 2018. Desde aí, a Fenprof, encabeçada por Mário Nogueira, abriu uma guerra com o Governo que levou a trocas de acusações e até a ruturas nas negociações. Recorde aqui os pontos-chave desta discussão.

O diploma de recuperação de dois anos, nove meses e 18 dias do tempo congelado foi aprovado a 7 de março e promulgado pelo Presidente a 11 de março. A contabilização total foi agora aprovada em Parlamento. Mas, afinal, quanto custará aos portugueses? Encontre aqui a resposta a esta e outras questões.

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