Costa responde a Marcelo: contributo do PSD representa menos de metade do valor das propostas do Governo
Primeiro-ministro reforça que os 2400 milhões de euros financiam medidas "exclusivamente dirigidas" às famílias, e não a totalidade das medidas de apoio.
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No final da cerimónia da atribuição do nome de Gago Coutinho ao aeroporto de Faro, o primeiro-ministro foi questionado sobre as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa: quando conheceu o pacote de medidas apresentadas pelo governo, o Presidente da República afirmou que o PSD tinha "ajudado imenso" com o seu contributo e demonstrado "sentido de Estado".
Primeiro, António Costa não quis comentar as afirmações, mas depois acabou por fazê-lo, lembrando as propostas social-democratas explanadas na festa da rentrée política do Pontal.
"Tanto quanto eu me recordo, aqui precisamente no Algarve, o líder do PSD apresentou em agosto um pacote de medidas que, só no seu montante global, era menos de metade daquele que apresentámos agora", enfatizou.
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O primeiro-ministro lembrou igualmente que, ao contrário do que tinha avançado o PSD, estas medidas do governo "são exclusivamente dirigidas às famílias" e reforçou que os 125 euros serão atribuídos a todas, desde que os seus elementos não ultrapassem os 2700 euros de vencimento bruto mensal, e "não só às famílias que estavam abrangidas no pacote do PSD".
Isto "não é com base num vale alimentar", adiantou, lembrando a proposta social-democrata. Costa considera que as pessoas têm de comer," mas também precisam de pagar a casa e cuidar dos filhos".
Por esse motivo, acrescentou que os cidadãos devem ter a liberdade de gerir o seu orçamento e ter opção de escolha na forma como gastam os apoios.
"O Estado não deve ser caritativo", conclui.