Relatório da CPI à TAP "é obra de ficção". IL "não participa em farsas" e "não fará propostas de alteração"
Rui Rocha afirma que o relatório foi feito "contra a realidade" e "é uma tentativa de enganar os portugueses".
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Com duras críticas ao PS, a Iniciativa Liberal defendeu, esta quarta-feira, que o relatório preliminar da Comissão de Inquérito à TAP "é uma obra de ficção", feito "contra a realidade, contra a própria Assembleia da República, contra os deputados que participaram na tentativa de descoberta da verdade e contra os próprios portugueses".
"Há uma diferença brutal entre o que é dito no relatório e aquilo que acompanhámos durante horas", considerou Rui Rocha.
Fazendo uma "avaliação negativa" do documento e referindo que a Iniciativa Liberal "não participa em farsas", Rui Rocha diz que o partido "nem quer fará qualquer tipo de proposta de alteração" ao documento, que é "uma tentativa de enganar os portugueses".
Sobre a inexistência de ingerência política, o líder da IL relembra a reunião preparatória entre os deputados do PS e a CEO da TAP e a alteração do voo de Marcelo. "Isto é ou não ingerência política?", questiona.
"Quando são trocados e-mails e pedidas autorizações e são discutidas estas questões, é ou não interferência política?", volta a questionar Rui Rocha, sublinhando que "percebe-se bem o embaraço da deputada-relatora ao longo desta exposição".
Rui Rocha aponta ainda a inexistência de "referências adequadas sobre a questão dos 3,2 milhões de euros" para a gestão da TAP. "Onde está uma avaliação política para que os portugueses percebam o que foi feito a esse dinheiro?"
O líder da Iniciativa Liberal recorda as declarações de António Costa, que disse que "a verdade seria apurada, doesse a quem doesse". "Foram metidas para debaixo do relatório todas as responsabilidades de Medina, Pedro Nuno Santos e Galamba", atira Rui Rocha.
O primeiro-ministro também afirmou que esperaria pelo final da CPI para retirar consequências políticas. Rui Rocha afirma que "houve um trabalho meticuloso no sentido de que, face a estas conclusões, o primeiro-ministro não possa retirar nenhuma consequência política".
"Será que a elaboração deste relatório foi precedida de reuniões preparatórias?", questiona.