Marcelo Rebelo de Sousa não se quer "imiscuir na vida interna" do PSD, pois considera que seria "um erro".
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O Presidente da República quer manter-se longe da polémica vivida no interior do PSD, com Luís Montenegro a declarar-se como candidato à liderança do partido e com Miguel Morgado a ponderar seriamente essa mesma decisão . Marcelo Rebelo de Sousa "não abre uma exceção" para falar sobre o seu partido e acredita que o chefe de Estado deve manter-se afastado da tensão social-democrata.
"O Presidente da República não se pronuncia sobre a situação interna de nenhum partido, não abre uma exceção e não vai pronunciar-se sobre aquilo que é próprio da vida partidária, sindical ou patronal", começou por dizer Marcelo à saída do Congresso que festejou as duas décadas da Ajuda de Berço - "20 Anos a (Re)construir Afectos".
"O Presidente não pode imiscuir-se na vida interna de um partido, é um erro", insiste.
Num modo geral, e sem uma avaliação particular ao caso do PSD, Marcelo reitera que "é bom haver uma área do Governo forte e uma oposição ou oposições fortes e alternativas de poder em geral". "É bom para a democracia e para o Presidente da República, porque quanto mais alternativas houver em termos de governação e de poder, naturalmente, mais escolha têm os portugueses e mais fácil é resolver situações de crise", realça o chefe de Estado.
E entre respostas consecutivas de que o Presidente não pode falar sobre o caso, Marcelo disse também que "o que se passa no sistema político português é aquilo que resulta da vivência da democracia e o Presidente da República tem uma posição arbitral e não se pronuncia sobre a situação no partido A, B, C e D".
Mais ainda, Marcelo disse que "num ano eleitoral, o ideal seria que quanto mais contida fosse a intervenção do Presidente, melhor".
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